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O maior acervo genealógico do planeta se chama FamilySearch. Ele é mantido pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, que guarda mais de 3 bilhões de documentos num cofre no oeste dos Estados Unidos.
O projeto que deu origem ao FamilySearch começou em 1894, apenas seis anos após a assinatura da Lei Áurea, que pôs fim à escravidão no Brasil. Os documentos desse período, no entanto, são escassos. O que se sabe é que o poder não mudou de mãos nos últimos 150 anos.
O Projeto Escravizadores, da Agência Pública, investigou 116 autoridades do Brasil (entre presidentes, senadores e governadores), e descobriu que ao menos 33 delas têm antepassados que tiveram relação com pessoas escravizadas. Alguns sequer sabiam da existência desses laços familiares.
Apesar de ser um assunto tabu, a escravidão moldou o mundo e o Brasil, foi o pilar da construção de muitas esferas de poder e traz impactos até hoje.
Este episódio de podcast, fala sobre como o racismo foi moldado por diferenças irrelevantes do ponto de vista genético, mas impactou o mundo a ponto de permitir que humanos tenham sido escravizados por séculos.
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Entrevistados do episódio
Doutor em biologia e professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Especialista em genética de populações humanas e evolução molecular.
Historiadora, professora e coordenadora do Laboratório de História Oral e Imagem (Laboi) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Ficha técnica
Reportagem: Bianca Muniz e Bruno Fonseca
Produção e apoio de edição: Matheus Marcolino.
Mixagem de som: Vitor Coroa.
Trilha sonora tema: Paulo Gama
Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari.
Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini