#86 – A Vaza Jato e o mea culpa da imprensa


No dia 9 de junho de 2019, o site The Intercept Brasil publicou as primeiras reportagens de um vasto material jornalístico que ficou conhecido como Vaza Jato. Os textos eram baseados principalmente em arquivos enviados por uma fonte anônima que tinha invadido o celular do ex-juiz e hoje senador da república, Sérgio Moro, e de outras autoridades.

As reportagens da Vaza Jato escancararam uma série de irregularidades na conduta dos responsáveis pela operação Lava-Jato, fizeram a Justiça rever procedimentos, a imprensa questionar as próprias certezas e mudaram os rumos da história do Brasil.

Neste episódio, recontamos a história da Vaza Jato e refletimos sobre os reflexos dela na política, na Justiça e na imprensa.

Mergulhe mais fundo.

Vaza Jato: os Bastidores das Reportagens que Sacudiram o Brasil

Primeiro capítulo

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Entrevistado do episódio

Leandro Demori

É jornalista e escritor, titular do canal de Youtube homônimo. Foi editor do site da revista Piauí e editor-executivo do site The Intercept Brasil, de 2017 a 2022. É autor do livro Cosa Nostra no Brasil, a história do mafioso que derrubou um império, sobre o mafioso italiano Tommaso Buscetta.


3 comentários em “#86 – A Vaza Jato e o mea culpa da imprensa

  1. Sou fã e apoiador da Rádio Escafandro. Já escutei todos episódios, mas desde o último ano tenho ficado relativamente decepcionado quando fico na espera de um novo episodio e lá vem um novo o “mais do mesmo”. Digo isso porque tem se repetido muito a pauta politica dentro de qualquer episódio que antes primava por trazer informações sem a intenção de formar opinião. Estou longe de ser um Bolso Comunista Fascista Isentão de Esquerda da Extrema Direita. Mas sinto falta de explorar assuntos diferentes. Não que politica não possa ser um mote de um canal, afinal é um assunto de extrema importância e que deve ser levado a sério e debatido pela sociedade e pelo jornalismo . Mas queria entender um pouco mais se o canal vai virar isso pois nesse caso realmente eu só vou estar recebendo mais do mesmo, afinal já sou bombardeado por isso por inúmeros outros canais, não trazendo nada de novo para mim. Enquanto isso escuto episódios antigos, que me parecem ser bem mais a raiz desde canal.
    Grande abraço, sucesso independentemente de tudo.
    Kevin Cassini

  2. Parabéns à Rádio Escafandro por essa incrível entrevista com o grande jornalista Leandro Demori que mostrou toda a força e a relevância da mídia independente.

    Demori comandou um dos episódios mais impactantes do jornalismo no Brasil, a Vaza Jato.
    Essa série de reportagens publicada pelo Intercept Brasil, mudou a história do país, desmascarou o maior golpe do Judiciário, acontecido do TRF4, em Curitiba, revelando todo os conluios cometidos pelos procuradores e juízes envolvidos.

    A Vaza jato evidenciou o quanto a mídia hegemônica caiu nessa farsa justamente por atuar como uma tosca assessoria de imprensa desses personagens sem investigar ou confrontar os fatos e denúncias recebidas.

    A Lava Jato começou na prisão do Lula, destruiu grandes empresas de construção civil levando a Petrobras para um grande prejuízo e que favoreceu que a empresa fosse fatiada em leilões por grupos internacionais que são hoje os acionistas majoritários.

    As operações da Lava Jato era tão suspeitas que os procuradores do TRF4 tentaram abocanhar um montante bilionário resgatado da Petrobras para desviar para a criação de uma “Fundação” que já nasceria com o “orçamento” para viabilizar seus fins claramente ideológicos “messiânicos” políticos.

    Foi graças as revelações dessa série de reportagens do Intercept Brasil – A Vaza Jato, que Lula conseguiu comprovar a sua inocência e foi libertado depois de ficar 580 dias presos e impedido de ter concorrido às eleições de 2018.

    Hoje testemunhamos onde esses personagens “messiânicos” e articulações os levaram e as consequências para o país com o golpe de Temer e o Bolsonarismo.

    A Vaza Jato desnudou todos os interesses ideológicos, políticos e financeiros desses personagens como o Moro e Dallagnol que negavam ter intenções políticas mas hoje são senadores e deputados.

    Demori: “No final o fascismo era fascismo, o golpe era golpe, o genocídio era genocídio e a Lava Jato era uma perseguição judicial.”

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