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A partir da história de um soldado iraniano que se recusa a lutar, este episódio fala sobre a revolução islâmica no Irã, sobre intolerância religiosa, e sobre como golpes de estado e governos em colapso impactam a vida das pessoas comuns.
A revolução islâmica no Irã hoje é vista como uma resposta à operação Ajax, um golpe de estado patrocinado por Estados Unidos e Inglaterra, efetivado décadas antes. A operação Ajax é apontada também como a origem do ódio aos EUA, que alimenta Al-Qaeda, Talibã e outros grupos terroristas. O atentado de 11 de setembro e a recente crise no Afeganistão, por exemplo, são ecos da operação Ajax.
A resposta a ela, a revolução islâmica, ocorreu no final da década de 1970. Ela levou o Aiatolá Khomeini ao poder, demoliu o governo do Irã e causou profundas rupturas. Liberdades individuais foram tolhidas, iranianos passaram a ser perseguidos e executados por serem homossexuais ou por professarem uma fé diferente do islamismo.
Entre os mais perseguidos, estavam os praticantes da Fé Bahá’í, uma religião moderna e progressista, que prega a união global e a aceitação da diversidade. E entre esses praticantes da Fé Bahá’í estava um homem chamado Mohsen Javidan Samani. Um homem que, em meados da década de 1980, se viu obrigado a ir à guerra, lutar pelo Irã que o perseguia. Monhsen foi a guerra. Mas se recusou a lutar.
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Mergulhe mais fundo
A Revolução Iraniana, por Osvaldo Coggiola (link para compra).
Oração entoada por Renata Bahrampour
– Entrevistados do episódio
Refugiado iraniano, ex-soldado, adepto da Fé Bahá’í, atualmente trabalha como analista de sistemas.
Advogada, coordenadora de ações voltadas a violações dos direitos-humanos dos Bahá’í no Irã e no Iemen, do escritório de assuntos externos da comunidade Bahá’í no Brasil.
Historiador e professor da Universidade de São Paulo, autor de A Revolução Iraniana (Unesp, 2008).
– Ficha técnica do episódio:
Concepção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini
Pauta, produção e pesquisa: Bruno Bartaquini
Trilha sonora tema: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa
Design das capas: Cláudia Furnari
Trilha incidental: Blue Dots