Podcast: Play in new window | Download
Subscribe: RSS
No dia 10 de fevereiro de 2023, uma equipe da Rota, a força ostensiva da polícia militar paulista, executou o suspeito de roubo Luis Fernando Alves de Jesus, que na época tinha vinte e um anos. Luis Fernando estava desarmado, levou quatro tiros de fuzil, dois de pistola e não teve a menor chance de reagir ou de se salvar.
Ainda que a execução tenha acontecido em plena luz do dia no horário de rush, numa avenida movimentada; ainda que a ação dos PMs tenha tido uma sequência assustadora de erros de procedimento, a morte do Luis Fernando tinha tudo pra virar mais um número nas estatísticas de pessoas mortas pela polícia. Em 2023, foram mais de 6 mil civis mortos pelas forças de segurança em todo o brasil. É uma mortalidade média maior do que a da guerra da Ucrânia.
A diferença desse caso para os casos que só viram estatística é que no colete balístico do policial militar que matou o Luis Fernando tinha uma câmera que gravou tudo em áudio e vídeo de alta definição.
A partir dessa história, este episódio da @radioescafandro discute o impacto do uso de câmeras corporais pelas polícias militares na segurança pública.
A Rádio Escafandro está nos principais tocadores.
Entrevistados do episódio
Professor Titular da Fundação Getúlio Vargas, associado pleno ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública, especialista em organizações policiais.
Sandra de Jesus Barbosa da Silva
Militante do movimento Mães de Maio
Professora, e articuladora da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio na Zona Sul da capital.
Ficha técnica
Produção e apoio de edição: Matheus Marcolino.
Mixagem de som: Vitor Coroa.
Trilha sonora tema: Paulo Gama.
Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari.
Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini
1 comentário em “#112 – Sorria, você está sendo executado”
No Minuto 22, por 20 segundos, é o único momento do podcast em que as vítimas aparecem e são realmente ouvidas.
Elas estão extremamente nervosas, choram e… agradecem ao policial pelo trabalho bem feito.
Luiz Fernando Alves não foi uma vítima. Foi um bandido. Perigoso. Estava assaltando. Estava aterrorizando um casal humilde e inofensivo, pessoas de bem que circulavam, e que foram abordadas por que o bandido (no podcast tratado como vítima) que quis roubar sua moto. Luiz Fernando nunca foi inocente. Morreu por que foi assaltar. Era bandido.
Uma pena o jornalista tomar o lado e as dores do bandido. Não das vítimas. deu a elas meros segundos, em que no desespero, mal conseguem falar e se expressar. Na sua vontade incontrolável de denunciar a polícia acabou fazendo do bandido uma vítima, e esqueceu das verdadeiras vítimas. Jornalismo ruim, dedurpante, carregado de ideologia modinha que apagou e escondeu as vítimas do assalto.