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Criada pelo ex-padre alemão Bert Hellinger, a constelação familiar une hipóteses pseudocientíficas, como a existência dos campos mórficos ou campos morfogenéticos, a supostas tradições ancestrais dos povos Zulu. A prática nasceu como uma piscoterapia esotérica voltada a resolver sobretudo questões intrafamiliares.
No Brasil, contudo, a constelação familiar foi além. Em 2006, o juiz de direito Sami Storch começou a aplicar a prática de maneira informal em um fórum no interior da Bahia. Em pouco tempo, ele criou uma nova marca. O direito sistêmico. Que ganhou apoio de comissões da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Mas, ao mesmo tempo em que se popularizam, a constelação familiar e o direito sistêmico são alvo crescente de críticas. Para além da falta de comprovação científica, especialistas apontam para o conservadorismo inerente à prática, que leva a posicionamentos machistas; a revitimização de mulheres e a relativização de crimes como violência doméstica e estupro de vulnerável.
Mergulhe mais fundo
Hundredth monkey effect (Wikipedia em inglês)
Rupert Sheldrake (Wikipedia em inglês)
Constelação familiar no judiciário (podcast Ciência Suja)
Constelação familiar: fraude e pseudociência (no canal Física e Afins, de Bibi Bailas.
Casal pede à Justiça para terminar união estável, mas acaba se casando: ‘ninguém esperava’ (G1)
Entrevistados do episódio
Fisica, pesquisadora, divulgadora científica, titular do canal Física e Afins.
Especialista em constelação familiar com cavalos.
Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Mestre e doutorando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro do Grupo de Pesquisa Direito e Sociedade (GPDS), vinculado ao Laboratório de Pesquisa Empírica em Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (LaPED-UFRGS)
Juiz titular da 2ª Vara da Família de Itabuna (BA), criador do direito sistêmico.
Ficha técnica
Trilha sonora tema: Paulo Gama,
Mixagem: João Victor Coura
Design das capas: Cláudia Furnari
Concepção, roteiro, e edição: Tomás Chiaverini
15 comentários em “#77 – A constelação familiar e o pseudodireito”
Excelente. Com sutileza, o episódio traz a luz essa prática que percorre nuances das relações familiares, sociais e legais nesse momento sombrio de assédios diversos que sofremos, onde grupos, idéias e valores, são subvertidos e manipulados politicamente. Não à toa com um duplo nome “inocente” que associa a beleza das constelações ao que é mais sagrado a maioria, a família.
Oi! Não que importe muito mas fazemos aniversário no mesmo dia! Beijos
Curioso que justamente no episódio que fala sobre uma Pseudociência como a Constelação Familiar, eu tenha compreendido melhor um ponto que tem me feito mergulhar em todos os episódios da Rádio Escafandro. Conheci agora em 2024 e estou maratonando tudo. Doida para me tornar um ser humano luminoso…kkk. E neste, descobri pela data de nascimento revelada pelo Tomás, que ele também é aquariano!!! Sim, eu tenho um fraco pela igualmente pseudociência, a astrologia!!! E estou completamente fisgada pela forma como este canal narra os temas escolhidos!!! Parabéns a todos os envolvidos!!!
Nossa, esse procedimento é o puro suco do charlatanismo. Parabéns ao Tomás, que conseguiu aguentar uma sessão sem ser irônico de maneira direta.