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Em junho de 2013, o Movimento Passe Livre (MPL) iniciou uma série de protestos, em São Paulo, contra o aumento de vinte centavos nas tarifas de ônibus e metrô.
Em pouco tempo, as manifestações ganharam uma dimensão inesperada. E mesmo depois de Estado e Prefeitura terem voltado atrás com o aumento, as ruas continuaram inflamadas por passeatas, numa ebulição popular inédita no país.
As pautas se multiplicaram. O combate à corrupção e a demanda por melhores serviços públicos no geral passaram a engrossar o coro das ruas.
Até que, no final de 2014, as cores das manifestações foram mudando. Um movimento que era essencialmente progressista ganhou ares nacionalistas, conservadores e anti-partidários.
Grupos recém-criados como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento Vem Pra Rua, passaram cooptar essa insatisfação popular difusa que culminaria no impeachment de Dilma Roussef. E que seria um dos vários fatores que colaboraram para a eleição do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
Como isso aconteceu? Como o Passe Livre conseguiu transformar uma pauta única num protesto nacional? Como grupos de direita, notadamente o Movimento Brasil Livre (MBL) se apropriaram das manifestações? Quem financiou esses grupos? Como a direita foi capaz de canalizar o sentimento de revolta e por que a esquerda não conseguiu retomar as ruas desde então?
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– Entrevistados do episódio:
Historiador, professor e cofundador do Movimento Passe Livre
Doutor em ciências da computação, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (EACH-USP) e cocoordenador do Monitor do Debate Político no Meio Digital.
Jornalista, codiretora da Agência Pública de Jornalismo Investigativo.
– Mergulhe mais fundo
A nova roupa da direita (Agência Pública)
Condenados por Moro, absolvidos pelo tribunal (Agência Pública)
Movimento Passe Livre no Roda Viva
– Ficha técnica:
Produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini
Trilha sonora original: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa
Captação de áudio em estúdio: João Puntoni
1 comentário em “#20 – Dos vinte centavos a Bolsonaro”
Olá Tomás,
acabo de ouvir esse episódio sobre os movimentos dos 20 centavos e o vem pra rua.
Interessante quando se descortina o veo da verdade sobre que está por trás do vem pra rua e do mbl. Mas, se olharmos para história podemos constatar que essa tática da direita, em se criar ou infiltrar em movimentos “populares” já ocorreu nos anos pré-golpe de 64, com a criação dos Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) em 1961 que paulatinamente fez propaganda anti-Goulart e fazendo crescer o mostro do “comunismo” país.